domingo, 26 de junho de 2011

torrone


Para o primeiro post “comestível” deste blog hipercalórico escolhi o que é, sem dúvida, a minha gordice preferida, que me persegue desde a infância e que empresta o nome a este nosso canto: o torrone!!

É minha gente, dizem que as coisas boas da vida se resumem a gordura e açúcar. Não posso concordar mais. Agora somem este açúcar com mel, clara de ovos, água e delicioso amendoim ou amêndoa ou castanha ou pistache... Seja lá quem teve a ideia, com certeza ganhou um lugar privilegiado no Céu.

Bem, para não dizerem que o tenente torrone é apenas gulodice, vamos primeiro à um pouco de cultura. A história do torrone!

Existem indícios que o atual modo de confecção do torrone derivou do turun, uma iguaria Ibero-islâmica feita à base de frutos secos, mel e farinha, durante a conquista Cristã da Espanha. A História também aponta para uma guloseima silimar chamada cupedia ou cupeto, encontrada na culinária da Roma Antiga. A própria palavra torrone parece ter a sua raiz no latim torrere, que significa “torrar”. Com o nome de turrón ou turró na Espanha e torrone na Itália, esta bomba de açúcar é bastante popular na culinária tradicional mediterrânica desde o século XV. Curiosamente, várias versões do torrone estão presentes na raiz gastronômica de diversas culturas em torno do Mundo, como por exemplo na antiga Pérsia, com o nome de gaz, ou o halva de origem árabe que aparece em quase meio Mundo.

De fato, existe um universo interminável quando o assunto é torrone. Fuçando a Wikipédia, descobri uma infinidade de coisas sobre o assunto, coisas que eu, comedor compulsivo de torrone, nem imaginava. Existem várias versões do ditocujo, que variam de região e país, como por exemplo a versão dura de Alicante e a pasta macia de Xixona, Espanha. Também achei, com frutos secos ou frutas cristalizadas, com licor ou coberto com waffle. Cobertura de chocolate ou caramelo também vale. Encontramos também versões à base de semolina, pasta de sésamo, farinha de arroz, ou mesmo as versões sem açúcar, à base de aspartame. (Quem achou estas últimas uma afronta toca aqui!)

Pois é, torrone que nunca mais acaba! Esteja onde estiver, em qualquer parte do globo, ele estará lá! É só procurar.

Eu pessoalmente gosto dele macio, de amendoim ou pistache. E gente, é impossível para mim comer apenas um pedaço de uma barra. Tenho que a comer toda de uma vez só. Me entendem? Aquele doce que não sai da boca e sobe para a cabeça e lá fica martelando... A sensação de mastigar a massa de açúcar incrustada em amendoins te obriga a devorar a barra inteira para se livrar desse capeta doçe. E quer saber... deu vontade de comer um agora. Deixa eu ir ali, viu?

Ah, para quem fica, deixo uma receita de torrone para se entreterem enquanto como o meu...

# 3 kg de amendoim torrado
# 3 l de leite
# 6 colheres de sopa (rasa) de manteiga
# 6 colheres de sopa (rasa) de chocolate em pó
# 450 g de mel
# 3 kg de açúcar
# Pitada de bicabornato para não azedar

1. Coloque o leite para ferver e depois junte a manteiga, o açúcar, o bicabornato, o mel e o chocolate.
2. Deixe ferver durante 2 horas para chegar no ponto - quando se passa a colher na panela e é possível ver o fundo.
3. No final, coloque o amendoim.
4. Desligue o fogo e bata essa mistura até ficar bem pesada.
5. Vire numa superfície de pedra untada com manteiga e espere ficar morno
6. Depois corte e enfie o pé na jaca.

Nota #1: Este post não é recomendado para diabéticos.

Nota #2: Não contém glúten.

sábado, 25 de junho de 2011

inauguração!

Porque é que comer uma salada de rúcula não é tão bom como se afundar em uma fatia monstra de bolo de chocolate?

Se a sua resposta foi "porque quem gosta de folha é lagarta", então você está no lugar certo.

Para todos vocês companheiros de gordice, que, assim como eu, almoçam pensando na sobremesa, humilham Houdini fazendo desaparecer aquela caixa de BIS em 5 segundos e googlam bagunças quando estão com abstinência de açúcar, o tenente torrone está aqui!!

Não sou de muito falar, mas de muito comer e ao longo do blog, vou partilhar com vocês as minhas fomes, gulas, obssessões e compulsões! Cabeça de gordinho + blogger só podia dar nisso...

Boas gordices!

#tenente torrone

P.S.: Para que conste, Gente Magra também faz gordice, viu?